segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A RESTAURAÇÃO PESSOAL


A restauração do Senhor de todas as coisas como nos diz o texto de Atos 3.21, com toda a certeza irá se cumprir por Deus, pois para isto o céu recebeu o nosso Senhor Jesus, o que foi dito pela boca dos santos profetas desde o princípio.
Ela se cumprirá, porque foi Deus quem disse, mas a restauração compreende todas as coisas, até a nossa pessoalmente. Jesus iniciou esta obra na cruz do calvário, onde se tornou o último Adão, crucificando juntamente com Ele o nosso velho homem (Rom. 6.6). Perdoou os nossos pecados pelo seu sangue e nos ressuscitou juntamente com Ele, fazendo-nos nascer de novo para uma viva esperança (Ef. 2.5-6; I Pedro 1.3).
Fazendo um paralelo, podemos notar que a nossa pessoal acompanha a restauração desde o tempo da reforma que iniciou por Martin Lutero até os dias de hoje. Esta obra de restauração, consumada por Cristo naquela cruz começa em nós pela justificação pela fé (Rom. 5.1-2).
Após Lutero vemos João Calvino, o qual fez à Igreja de nosso Senhor retornar novamente a visão teocêntrica e cristocêntrica. É necessário que a nossa visão seja mudada do homem para Deus; que tudo provém de Deus, do nosso Pai (João 6.44-45).
Depois de João Calvino, em meados do século XIX vemos o clamor da Igreja buscando um avivamento pessoal para uma vida santa. E a igreja foi despertada para a santificação pela fé. A justificação pela fé leva-nos a regeneração e a santificação pela fé a uma transformação, uma renovação pelo Espírito Santo (Rom. 6.11-14).
No final do século XIX e início do século XX, sem citar nomes, vemos o Espírito do nosso Deus –porque assim é em todos os tempos– restaurando o testemunho à Igreja da glorificação pela fé. Revelando que a obra do nosso Senhor além de uma glória pessoal, traz também uma glória coletiva. Fomos justificados, santificados e glorificados em nosso Senhor Jesus Cristo naquela cruz, e agora, de fé em fé, tem nos sido revelada a justiça de Deus através do evangelho.
A justificação pela fé nos traz regeneração, a santificação transformação e a glorificação pela fé a transfiguração (II Cor. 3.18). Esta é a salvação completa a qual o Senhor realizou naquela cruz, que compreende o nosso espírito, alma e corpo.
A glorificação pela fé culmina a nossa glorificação pessoal com a glorificação coletiva. Cristo em nós é a esperança da glória, mas a glória que nos foi dada é para que sejamos um (João 17.22).
Se a restauração do testemunho do Senhor através da Igreja não tem sido uma realidade em nós é necessário revê-la pessoalmente. Temos que retornar à justificação pela fé, e a partir daí, a nossa visão seja santificada e passe a ser teocêntrica e cristocêntrica. Que avancemos em nossa caminhada e alcancemos pela fé a renovação pelo Espírito Santo, para uma vida verdadeiramente liberta do pecado; servindo-o sem temor, em santidade e justiça todos os dias da nossa vida (Lc. 1.74-75).
A glorificação pela fé, o viver pela fé e em amor para crescermos como Igreja, só será possível se a nossa pessoal for uma realidade no que diz respeito à justificação e santificação pela fé.

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